3 anos sem Dolores O’Riordan
O mundo da música relembra hoje os três anos da morte da dona de uma das vozes mais lindas do rock, a irlandesa Dolores O’Riordan, que morreu aos 46 anos.
Então vamos lembrar hoje da história por trás de uma das mais famosas canções escrita por Dolores para sua banda The Cranberries: “Zombie”.
Talvez poucos saibam mas a canção de melodia inebriante, que íntegra o segundo álbum do grupo, No Need to Argue (1994), é um hino de guerra e chegou a ganhar o prêmio de melhor composição do EMA, o MTV Europe Music Award.
“Essa foi a canção mais agressiva que escrevemos”,
disse na época Dolores O’Riordan em entrevista ao portal Team Rock.
“Zombie foi algo diferente de tudo que havíamos feito antes.”
A música foi inspirada na morte de duas crianças, Tim Parry, de 12 anos, e Johnathan Ball, de 3.
Os dois morreram em 20 de março de 1993 após a explosão de duas bombas colocadas pelo grupo armado IRA (Exército Republicano Irlandês) em lixeiras em uma área comercial da cidade Warrington, na Inglaterra. O ataque terrorista deixou mais de 50 pessoas feridas
Na música, Dolores O’Riordan canta algo como
“Em sua mente, em sua mente, eles estão lutando. Com seus tanques e suas bombas. E suas bombas e suas armas, em sua mente. Em sua mente eles estão chorando”.
Outro trecho, que parece uma clara referência ao atentado de 1993, diz:
“O coração partido de outra mãe é tomado. Quando a violência causa silêncio, devemos estar enganados”.
Além de toda história por trás da letra dessa composição, ainda tem o sucesso do seu clipe, que foi dirigido por Samuel Bayer, onde as imagens se alternavam entre imagens de guerra e cenas de O’Riordan e um grupo de crianças pintados de dourado ao redor de um crucifixo.
Colin Parry, pai de Tim uma das vítimas, tomou conhecimento de que a música era uma homenagem a seu filho somente após a morte de O’Riordan.
“Somente após sua morte, descobri que o grupo dela, ou ela mesma, compuseram a música em memória do que aconteceu em Warrington”, disse ele na época à BBC.
Segundo ele, o atentado em Warrington, assim como muitos outros que ocorreram em toda a Irlanda e no Reino Unido, afetou famílias de uma maneira real.
“Ler a letra escrita por uma banda irlandesa de maneira tão convincente foi algo muito, muito intenso”, afirmou Parry.
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“O Rock não tem regras, tem atitude…”
Por Lis Hirt