“Death By Rock and Roll” uma ode nostálgica e original da banda “The Pretty Reckless”
Todos sabemos o quanto é difícil renascer das cinzas, o quanto isso muitas vezes parece até quase impossível, mas exatamente com esses momentos que devemos entender que não podemos nos deixar abater e afundar, que temos que buscar de onde já não sabemos mais a energia para seguir em frente…
Foi por ai que nasceu o “Death By Rock and Roll”, da banda com The Pretty Reckless!!!
Depois de um hiato, Taylor Momsen vem com tudo com esse maravilhoso projeto, disponibilizado desde o dia 12 de fevereiro nas plataformas digitais.
“Death By Rock and Roll” é o nome do quarto álbum de estúdio da banda, uma ode nostálgica e original ao mesmo tempo que traz o melhor do hard rock de volta e que marca uma década de carreira do grupo, e não poderia ser mais apropriado, pois nele eles abordam temas pessoais da vida de Taylor Momsen, com algo bem diferente do blues de 2016 em “Who You Selling For”, agora o quarteto formado pela vocalista Taylor Momsen, o guitarrista Bem Phillips, o baixista Mark Damon e o baterista Jamie Perkins, traz algo mais profundo devido ao fato de terem sido atingidos por tragédias pesadas. A forma como vieram a enfrentar é o que conduz este álbum, cujo o equilíbrio do peso das guitarras distorcidas num Hard/Grunge se encontra com violões na segunda parte, claramente mais folk
Para quem não lembra, em maio de 2017, a banda possivelmente estava vivendo um sonho e seu melhor momento da carreira, ao começar pelo fato de se encontrarem em turnê com os pioneiros do Grunge, a banda Soundgarden. Porém, após um show em Detroit, Chris Cornel (vocalista do Soundgarden) tirou sua vida de maneira dolorosa. Como se isso já não bastasse, 11 meses depois, o produtor de longa data do The Pretty Reckless, Kato Khandwala, morreu em um acidente de moto. O baque foi grande e a banda precisou ficar longe dos holofotes e trabalhar em um possível disco que viabilizasse uma homenagem a essas almas tão importantes para a evolução deles ou simplesmente extravasar sua dor.
Tudo isso é o que você vai sentir ao ouvir essas melodias, que de cara, talvez vão te levar a achar ser só mais um álbum que tem o lado A sombrio e o lado B pop, mas é sabendo de todo esse contexto e escutando o álbum, uma, duas, três vezes que sentirá que fica nítido que Momsen queria mesmo trazer um mix de emoções, a começar pela faixa título onde a vocalista claramente traz muita raiva, onde por sinal, o que mais impressiona é o seu controle vocal incrível, não somente nessa mas como ao longo do álbum – sua entrega é invariavelmente a melhor coisa sobre “Death By Rock and Roll”.
Na canção “And So it Went”, um presente aos fãs, com a colaboração crua e energizada com o guitar hero, Tom Morello do “Rage Agans The Machine”, onde a banda se entrega em uma intensidade estridente, certamente a música mais impactante do álbum. Outra que possui um auxílio poderoso desse mix de emoções e torna tudo ainda mais carregado, positivamente, é a pesada e absurdamente “soundgardiana” a canção “Only Love Can Save Me Now”, claramente uma homenagem a Cornell, não só pela letra ou melodia, mas também por ter a presença de Matt Cameron e Kim Tayil, baterista e guitarrista do Soundgarden, respectivamente.
Enfim, um álbum que vale demais ser ouvido muitas vezes…
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O Rock não tem regras, tem atitude…
Por Lis Hirt