11 anos de “COLLAPSE INTO NOW” – R.E.M.
Hoje o momento é de grandes lembranças para a amiga que aqui vos escreve, sei que deveria ser imparcial mas quando o assunto é banda do coração me dou esse direito!!!
Quando se fala em música, em rock, ou qual for seu estilo preferido, sempre temos uma grande gana de bandas e músicos que gostamos no geral, mas cada um tem lá sua banda que agarra nos ouvidos, aquela que se escuta infinitas vezes e nunca enjoa, que faz os olhos brilharem, o coração acelerar a cada acorde, a cada palavra de suas músicas, e esse é meu caso de amor com a banda R.E.M.
Nesse mês de março, mas precisamente no dia 07, foi comemorado os dez anos do álbum “Collapse Into Now”, que seria o último capítulo dessa história que teve início em 1980 na Georgia, Estados Unidos, com Michael Stipe (vocal), Peter Buck (guitarra), Mike Mills (baixo) e Bill Berry (bateria). àlbum esse que hoje relembro como que um misto de profunda alegria e ao mesmo tempo de grande saúde, visto que poucos meses depois desse lançamento veio para tristeza, porém compreensão de muitos, o anúncio do fim da banda.
O disco não emplacou hits mundiais do calibre de “Losing My Religion”, “Stand” ou “Shiny Happy People”, mas foi bem recebido pela crítica e pelos fãs sucedendo o também elogiado Accelerate (2008), álbum esse que gerou sua última tour antes de encerrar a banda e que chegou ao segundo lugar da Billboard três anos antes.
“Collapse Into Now” faz um bom resumo do que o R.E.M mostrou em três décadas de atividades com músicas como “Discoverer” e “All The Best”, que resgatam o rock alternativo clássico de grandes momentos da banda.
Outros grandes destaques são as belíssimas “Every Day Is Your To Win” e “Oh My Heart”, que posso apontar como minha favorita.
Agora quando falamos em clipe, meu preferido com toda certeza é da música ÜBerlin, que foi gravado na capital alemã que serviu de cenário para o primeiro clipe a sair do álbum na época. Comandado pela artista Sam Taylor-Wood, o vídeo mostra o marido da diretora, o ator Aaron Johnson (do filme Kick-Ass), dançando por um dos bairros grafitados da cidade enquanto usa uma camiseta da banda.
O clima descontraído da produção não atrapalha a melancolia característica do som do R.E.M., mas realça a letra sobre permanecer são na cidade grande.
Desde a capa onde Michael Stipe aparece na foto acenando com um tchau que muitos apontaram como o adeus para o anúncio do fim da banda, e as participações de grandes amigos da banda como Eddie Vedder e Patti Smith, hoje nos leva a entender que já mostravam que ali tínhamos sinais de que o disco realmente parecia ter um final planejado.
Alguns meses depois do lançamento, em setembro do mesmo ano, o R.E.M se despediu de forma oficial do público com uma breve nota em seu site que dizia:
“Aos nossos fãs e amigos: como R.E.M., e como grandes amigos e colaboradores, decidimos nos separar como banda. Nos despedimos com um grande sentimento de gratidão, completude e orgulho de tudo que conquistamos. A qualquer pessoa que se sentiu tocada pela nossa música, nossos maiores agradecimentos por ouvi-la.”
Como eu disse, sem dúvidas com essa mensagem veio aquela mistura de estar triste com o fim, porém totalmente realizada em sentir que ali se encerrou de forma maravilhosa o ciclo de uma das maiores bandas da história do rock…
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O Rock não tem regras, tem atitude…
Por Lis Hirt
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